Aquela que se consagra tem o desejo sincero de amar a Deus com paixão, e de entrar num processo de apaixonamento por Deus, porque descobriu na Oração que Deus foi quem se apaixonou por ela e a amou por primeiro.
Desde o momento de sua resposta à Vida Religiosa, a alma vive em Deus e por Deus. Sua vida é um ofertório contínuo, em que se encontra com Deus, oferecendo-lhe amor, culto, adoração e louvor.
Tudo o que faz e possui pertence a Deus em doação livre e alegre, vive e respira somente para Deus e para Ele busca a santidade.
A Vida Comunitária religiosa procura ser um sinal visível do amor que existe entre os membros da mais sublime comunidade: a Trindade. A maneira como o Pai ama o Filho, e como o Filho responde a esse amor do Pai, a comunidade religiosa procura realizar esse mesmo amor entre os seus membros.
Amor que exige um “sair de si” para doar-se ao outro. Não posso pensar somente no meu bem pessoal, tenho que buscar e pensar no bem do meu próximo, tenho que renunciar o meu ponto de vista, aos meus gostos pessoais, enfim renunciar ao meu “EU” e pensar no “NÓS”. É mesmo um doar-se por inteiro.
Uma vez que seguimos a Cristo é preciso viver como Cristo viveu:
– Uma alma totalmente voltada ao Pai, em obediência à sua vontade (Jo 1,1-2).
– Uma alma totalmente Casta e pobre de fato e de espírito.
– Uma alma que na oração busca intimidade com o Pai
– Uma alma missionária, pronta a dar a vida pelos irmãos (Jo 15,13).
Sem espiritualidade, sem experimentar Deus, especialmente seu amor, é impossível sustentar uma vida de comunidade que se caminha para a santidade. Precisamos experimentar primeiro seus amores, para poder responder com amor e com uma resposta concreta de consagração.
Somos chamadas a viver em comunidade com pessoas que Deus escolheu para conviver conosco, numa vida de oração, buscando juntos a Santidade (1Pd 1, 15-16).
“Buscar a SANTIDADE é uma forma de gratidão ao amor “de Deus por mim!”